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Posts Tagged ‘Cruzadinhas’

“A mão magra pegou um lápis; o coração pesado deu um pulo de esperança. O pacote para quem as palavras cruzadas seriam enviadas já estava selado, e endereçado. Talvez a verdade finalmente viesse à tona.”

Ao remexer a minha estante a procura de um livro para comentar hoje, resolvi falar de um pouco conhecido que ganhei de aniversário (amigos que possivelmente estejam lendo esse post, saibam que gosto de receber livros de presente) aos 16 anos: Vida Roubada, de Nero Blanc (que na verdade, foi escrito por um casal sob esse pseudônimo).

A história inicia-se com a descoberta de uma ossada no terreno de uma mansão em construção, cujas obras param para que haja a solução do crime. Taneysville é uma cidade tranquila, um clima nostálgico, sempre nublada, arborizada, um lugar bucólico e maravilhoso para se viver, até então. Aparantemente, essa velha comunidade possui alguns segredos.

O detetive particular Rosco Polycrates e a editora de palavras cruzadas Belle Graham tentam desvendar esse crime no “pacato” vilarejo, quando começam a aparecer palavras cruzadas com pistas para solucionar o crime. Nessa parte, o livro agrada ao leitor, pois as palavras cruzadas aparacem sem solução, no formato daquelas revistinhas que costumavamos comprar tempos atrás antes da internet. Isso é bom para o leitor mais corajoso, que tenta desvendar o crime junto com os protagonistas, ele tem a opção de solucionar as cruzadinhas presentes no decorrer da trama. O leitor mais preguiçoso pode optar em olhar as soluções nas últimas páginas e se dar por satisfeito.

Fora isso, a trama não oferece nada demais. As cenas de ação (se é que podemos considerar aquilo de “ação”) são extremamente fracas, não empolgam o leitor. Além disso, as cruzadinhas presentes no livro foram adaptadas pela “Coquetel”, tradicional editora de passatempos desse gênero no Brasil. Assim, percebemos logo de cara algumas charadas que não são importantes para a solução do crime, como “Árvore Carioca” e “Sigla do estado brasileiro que produz muito caju”, tornando as charadas realmente importantes muito óbvias, como “programa norte americano muito famoso nos anos 60, em inglês”.

Apesar disso, “Vida Roubada” pode agradar os leitores que gostam desse tipo de passatempo. A obra é agradável, leve e ágil.

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